quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Biografia da poetisa

Órfã de pai e de mãe, Cecília foi criada por sua avó portuguesa, D. Jacinta Garcia Benevides. Aos nove anos, ela começou a escrever poesia. Frequentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 e 1916. Como professora, estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.
Em 1919, aos dezoito anos de idade, Cecília Meireles publicou seu primeiro livro de poesias, Espectro, um conjunto de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do Modernismo, apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo e Surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.


No ano de 1922, ela se casou com o artista plástico português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas. Seu marido, que sofria de depressão aguda, suicidou-se em 1935. Voltou a se casar, no ano de 1940, quando se uniu ao professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo, falecido em 1972. Dentre essas três, a mais conhecida é Maria Fernanda que se tornou atriz de sucesso.
Teve ainda importante atuação como jornalista, com publicações diárias sobre problemas na educação, área à qual se manteve ligada, tendo fundado, em 1934, a primeira biblioteca infantil do Brasil. Observa-se ainda seu amplo reconhecimento na poesia infantil com textos como Leilão de Jardim, O Cavalinho Branco, Colar de Carolina, O mosquito escreve, Sonhos da menina, O menino azul e A pombinha da mata, entre outros. Com eles traz para a poesia infantil a musicalidade característica de sua poesia, explorando versos regulares, a combinação de diferentes metros, o verso livre, a aliteração, a assonância e a rima. Os poemas infantis não ficam restritos à leitura infantil, permitindo diferentes níveis de leitura.
Em 1923, publicou Nunca Mais… e Poema dos Poemas, e, em 1925, Baladas Para El-Rei. Após longo período, em 1939, publicou Viagem, livro com o qual ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.Católica, escreveu textos em homenagem a santos, como Pequeno Oratório de Santa Clara, de 1955; O Romance de Santa Cecília e outros.
Nos Açores, de onde eram oriundos os seus pais, o nome de Cecília Meireles foi dado à escola básica da freguesia de Fajã de Cima, concelho de Ponta Delgada.


Fonte: Wikipédia.

"Uma canção para Cecília". Por Aretha Rocha.

Caros seguidores... Essa música é minha, sou eu quem a canto no vídeo e a fiz em homenagem a Cecília Meireles. 
Não se importem com a voz ou com o áudio. =)


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Quadro: Discutindo sobre obras de Cecília

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?"


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O eu lírico retrata uma mudança de semblante, de  perfil, onde possivelmente ele foi vítima de algo que trouxesse a perda de sua vitalidade como consequência. O sentimento expresso no poema é um de tristeza, de perda, mudança para pior. Claramente percebemos que Cecília é uma poetisa de momento. Escreve o que está a passar no instante "h", não deixando sentimento algum preso dentro de si. Eis a explicação para ela ter alguns poemas que demonstram alegrias e outros que demonstram tristezas...
Na última estrofe do poema, Meireles, já se mostrando uma pessoa atualmente oculta, mostra que por mais grande que seja uma mudança, ela é simples... Comum... Normal...
Muitas pessoas têm ficado presas em espelhos... Vendo o que realmente são diante dos seus olhos, mas contemplando mudanças a cada dia de suas vidas.


Unindo melancolia à delicadeza...

Cecília Meireles tem um grande talento: Unir melancolia à delicadeza... Apesar de suas palavras melancólicas e profundas, ela nunca deixa de abusar da sensibilidade das palavras. A carioca consegue falar de uma tristeza profunda de uma forma que não deixa o leitor perplexo, mas encantado.

Cada letra...
Cada palavra...
Cada verso...
Cada estrofe...
Cada poema...

Cada obra vem como algemas sobre o leitor... O prende num mundo anormal. Um mundo onde não se é alegre nem triste. Se é "poeta". Como a própria autora fala em seu poema "Motivo".

"Uma canção para Cecília". Por Fagner.

Olha só! Até nosso querido e talentoso Fagner adimira a nossa autora e diva brasileira Cecília Meireles...
Ela merece essa canção e muitas outras por todo seu talento.
Cecília: Obrigada por enriquecer tanto a nossa literatura!
Essa é pra você, Cecília!

 

Essa é uma música de Fagner em homenagem a Cecília Meireles. Foi feita com base no poema: "Marcha".

domingo, 28 de agosto de 2011

Vale a pena ler!

O livro: "Os melhores poemas: Cecília Meireles" é uma obra que foi montada com poesias selecionadas por uma das suas filhas, Maria Fernanda. Atriz de teatro e televisão, Fernanda passou a se dedicar à divulgação das obras de sua mãe, após sua morte.

Livros


Só pra ficar um gostinho de "quero mais", aqui fica um trabalho da autora, que se encontra neste livro.

Motivo


Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.


Autora: Cecília Meireles


Você pode encontrar este livro variando no preço de R$ 15,90 até R$ 35,00...
Vai depender de onde você comprar, né?

Agora é só ir na livraria mais perto de casa e começar a pesquisar os preços dos livros da Cecília... Assim você se enche de inspiração e emoção sem secar o bolso.

Um pouco sobre Cecília Meireles

Órfã de pai e de mãe, Cecília foi criada por sua avó portuguesa, D. Jacinta Garcia Benevides. Aos nove anos, ela começou a escrever poesia. Frequentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 e 1916. Como professora, estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.

Em 1919, aos dezoito anos de idade, Cecília Meireles publicou seu primeiro livro de poesias, Espectro, um conjunto de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do Modernismo, apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo e Surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.

Fonte: Wikipédia.

Para saber um pouco mais sobre Cecília Meireles, clique aqui.

Para ver fotos e desenhos da autora, clique aqui.